Deixando um pouco de lado os temas favoritos (política e religião) e que fazem parte de uma longa trajetória de pesquisa, vez por outra, ou quando bate a inspiração este Autor, um poeta bissexto por excelência, coloca no papel o impacto duma saudade, uma lembrança, ou algo que aconteceu e marcou sua vida, do seu círculo proximal, ou do “mundo” onde habita. E foi justamente nesses termos, e dentro de um cadinho totalmente díspar dos assuntos principais e diuturnamente abordados, que surgiu algo mais ameno ou mais humano, numa existência marcada pelo “medo de deus e a espera da morte”.
A série de Poeminhas (Indissociáveis e Indivorciáveis) foi publicada na coletânea SÓ, e que faz parte da obra: MIASMAS DO PODER E OUTRAS FRAGRÂNCIAS, 409 páginas, o Volume II da trilogia: A Forja do Cinismo, editada em 2006 e devidamente registrada na Biblioteca Nacional.
Os “poeminhas” são instantâneos do cotidiano, ou algo que assalta a gente a qualquer momento, principalmente quando não se tem um lápis ou papel pra registrar esse ESTALO da mente, principalmente nas madrugadas longas e nos bares da vida.
Como o Autor, vez por outra também escreve poemas mais longos, anexa a presente amostra: uma poesia sobre a perversidade da Inquisição promovida pela Igreja, um poema sobre a ditadura militar mais recente, e onde obteve a 3ª colocação, em um certame realizado em Paranavaí/PR, em 1979, um instantâneo sobre a política nossa de todos os dias e uma carta/poema endereçada a sua mãe, já falecida.
A Crueldade da Inquisição da Igreja (cristã e católica), fartamente abordada em outra trilogia (Jesus e o Cristianismo, ou 20 anos de pesquisa, 174 obras consultadas e 1600 páginas produzidas) também de sua autoria traz a público um castigo monstruoso, ou quando uma mulher pariu sobre uma fogueira, onde era queimada e tentou salvar a vida de seu rebento.
E a regra pirateada do budismo, do zoroastrismo, do bramanismo, dos escritos rabínicos e de Confúcio há mais de 6 mil anos era: Não façais aos outros, o que não quereis que a vós seja feito.
O suplício de Perrotine Massy e suas filhas consta das crônicas da época, e foi registrado na magistral obra de Victor Hugo: Homens do Mar. É triste constatar-se, mas o homem é apenas isso e fanatizado é capaz de tudo!
O poema sobre o período de exceção foi escrito numa época de muita escuridão e medo, e quando o aparelhamento da sociedade aterrorizava a todos os que pensavam de forma liberal, e que não obedeciam às ordens emanadas da caserna. O título do poema é INVOLUÇÃO, um alerta bem simples sobre o que o petismo tenta fazer no contexto presente, ou desde a sua infiltração na Máquina do Estado.
O comentário sobre política versa sobre as diferenças entre ricos e pobres, entre o SUS e as clínicas caras e particulares, ou ainda sobre as délivrances da filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1995 e uma eleitora anônima e pertencente ao povo, e que ajudou a colocar esse político no poder. Na época este Autor transformou as duas situações num poema de protesto, todavia, como não o encontrou em seus arquivos, colocou-o em termo de prosa, todavia, contendo e mesma “essência”, nesse caso apodrecida.
Por último, nada melhor que terminar esse colóquio íntimo com o desabafo entre um filho e sua mãe, um algo bem pequeno, mas que assume proporções gigantescas, dependendo do tempo, do local e das circunstâncias. Se gostarem avise, e prometo que voltarei com outras.
NOTA: Todos os ensaios ou trabalhos constantes nesse blogue fazem parte das trilogias: A FORJA DO CINISMO (O Inquilinato do Poder, Miasmas do Poder e Outras Fragrâncias e O Oportunismo do Poder) e JESUS E O CRISTIANISMO (Política, Religião e História, A Construção do Mito e Anatomia de uma Farsa), a venda pelo email: josepereiragondim@hotmail.com