1) POEMA PRÁ APARÊNCIA
Parece mentira, mas as pessoas lutam tanto
Para apresentar uma boa imagem, na sociedade de consumo
Que esquecem a finalidade de existir
Passando a vagar inócuas e vazias
Num mundo de ilusões descoloridas
2) POEMA PRÁ “CIDADANIA”
Tudo na vida é uma questão de conveniências
Onde os poderosos se impõem aos fracos
E estes tudo acatam servilmente
Desde que “usufruam vantagens”
Aplacando a “fome da barriga”
Apaziguando “interesses momentâneos”
E sociabilizando a ignorância de cada um
3) POEMA PRÁ CONVENIÊNCIA
Quase sempre a realidade dos fatos
Obedece a parcimoniosa lei das conveniências
Somente atingindo a “idade da razão”
Quando não mais interessa ao momento
Servindo apenas de referência cronológica
No desenrolar do tempo
4) POEMA PARA O DESEMPENHO
O grande trauma do homem atual
Reside na inoperância de desempenho no cotidiano
Que ele tenta fechar na mão
Mesmo sabendo que lhe fugirá por entre os dedos
5) POEMA PARA O DESPERTAR
Quando a brisa cicia
No “ouvido da floresta”
O incomensurável mistério da vida
O homem desperta
6) POEMA PARA O EQUILÍBRIO
Parece fugir a lógica
Mas, é impossível dizer-se
Que se gosta totalmente de alguém
Quando não se vive em paz
Na condição de vida em que se vive
7) POEMA PARA O ESPÍRITO
Quando a fonte mitiga
O sofrimento físico
O espírito cresce
E a vida encontra sentido
8) POEMA PRÁ INÉRCIA (OU PREGUIÇA)
Quando o homem se acomoda
Tudo na vida perde o sentido
E seguindo um processo normal
O que é vivo empapa
O que não tem movimento
Cobre-se de poeira ou ferrugem
9) POEMA PARA O POLÍTICO
Quando se ingressa num meio
Onde, quase sempre, a podridão é o ponto final
Torna-se necessário integridade e fé em si próprio
A fim de passar ao largo desse abismo, não se tornando
Mentiroso, desonesto, hipócrita e indigno
Mesmo sabendo que a caterva seguirá nessa direção
Comungando desses objetivos
E percebendo, cada um, o seu “mensalão”
10) POEMA PARA PRUDÊNCIA
Se você pensa um dia
Voar livre como a andorinha
Lembre-se de que existem gaviões
No mundo alado
11)POEMA PRÁ RAZÃO
Quase sempre, no contexto em voga
A razão não figura ao lado da verdade
Mormente quando se trata do “ter e do não ter”
12) POEMA PRÁ REALIDADE
Ser risonho, aparentar alegria
Não indica que se é feliz
Pois trabalhar no “erário”, não implica
Necessariamente
Ser o dono da fortuna
13) POEMA PARA O REINÍCIO
Quando a areia da praia
Acolhe o cansaço do náufrago
A vida recomeça
14) POEMA PARA O RIDÍCULO
A única maneira de fugir-se ao ridículo
É fitar sempre algo mais alto
Que a altura comum
Que proporcione a cabeça uma posição correta
E aos olhos um campo ilimitado
15) POEMA PRÁ SERENIDADE
Nem sempre na vida que se vive
A disposição das coisas obedece
O rígido critério do “cada um em seu lugar”
Cada panela com sua tampa
NOTA: Esses "poeminhas" fazem parte do opúsculo SÓ, contido na obra Miasmas do Poder e Outras Fragrâncias, 409 páginas, Volume II, da trilogia: A FORJA DO CINISMO, a venda pelo email josepereiragondim@hotmail.com
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